Olha o que o chat GPT é capaz de fazer ! Achei o conto bem legal!
“O Peso da Bota —Revelações”
Era mais um dia abafado na fazenda Santa Felicidade. O chão estalava seco e o cheiro de mato queimado rondava o ar. Os peões, de chapéu na cabeça e suor na testa, se reuniam perto do curral como de costume. Entre eles, Zé Pequeno — o mais novo da turma, o mais curioso, e talvez… o mais esquisito.
Tonhão, como sempre, chegou fazendo barulho. Suas botas de cowboy batiam no chão como tambores de guerra. Ele caminhava com aquele jeito de quem nasceu pra ser protagonista de filme de faroeste.
Zé estava agachado, amarrando a perneira com calma, quando o destino decidiu se manifestar.
CRUNCH!
— AAAAAAAAAAI! — gritou Zé, a mão prensada sob a bota de couro com bico fino, cravejada de poeira e respeito.
Tonhão virou pra trás, arregalando os olhos:
— Mas o que foi isso? Pisei num tatu?
Ao ver Zé contorcendo o rosto, pensou ter cometido uma tragédia.
— Vixi, me desculpa, Zé! Não vi que cê tava aí!
Zé, respirando fundo, olhou pra ele com os olhos semicerrados… e um sorriso estranho nos lábios.
— Tá tudo bem, Tonhão… na verdade… foi até… bom.
Silêncio.
Os peões congelaram. Um boi mugiu ao longe, talvez em solidariedade. Tonhão franziu a testa, confuso.
— Bom… como assim bom, Zé?
Zé se levantou devagar, sacudindo a mão machucada como se fosse um troféu.
— Essa bota… ela é especial, Tonhão. Tem peso. Tem presença. Quando ela desceu na minha mão, foi como se eu tivesse sentido a força da terra, do couro, da tradição. Foi… uma conexão com a essência do peão!
Os outros peões se entreolharam, tentando conter o riso. Tonhão coçou a cabeça, completamente sem reação.
— Mas rapaz… cê tá me dizendo que… gostou da bota na sua mão?
Zé assentiu com convicção:
— Nunca fui tão respeitado na vida.
Tonhão, sem saber o que dizer, apenas devolveu o chapéu pra cabeça e disse:
— Tá bom então… mas avisa antes da próxima, que eu calibro a pisada.
Nos dias seguintes, Zé passou a seguir Tonhão como uma sombra. Sempre parando estrategicamente perto do pé do homem, com desculpas como “ih, caiu minha moeda”, ou “deixa eu ver essa minhoca aqui”.
Os peões deram a ele um novo apelido: Zé da Bota.
E até hoje, quando alguém escuta uma risada alta vindo do curral e vê um peão com a mão enfaixada e um sorrisão no rosto, já sabe: Zé conseguiu mais uma bênção do seu ídolo.
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