segunda-feira, 14 de abril de 2025

Conto IA - “O Coturno do Motoboy Místico”

 Era uma manhã cinzenta na metrópole. Carros buzinando, fumaça no ar, e aquele caos urbano de sempre. Mas, em meio à selva de concreto, havia um homem que dominava o asfalto com maestria e coragem: Rodriguinho Rápido, o motoboy mais lendário da Zona Leste.


Ele entregava de tudo — de pizza a documentos secretos — e sempre no tempo recorde. Tinha um cabelo espetado, uma jaqueta cheia de adesivos de oficina e, claro, o temido coturno preto n° 42, com cadarços vermelhos e sola grossa, que parecia ter pisado em pelo menos três dimensões diferentes.


Do outro lado da cidade, vivia Felipe, um jovem sonhador, designer freelancer e observador de comportamentos urbanos. Mas, no fundo do coração, guardava um desejo que nem ele conseguia explicar direito:


Ele queria ser pisado pelo coturno de um motoboy.


Mas não qualquer um. Tinha que ser o Rodriguinho.


Felipe acreditava que dentro daquele coturno existia uma energia crua, uma sabedoria sobre tempo, trânsito e sobrevivência que só poderia ser absorvida… com uma boa e velha pisada.


E numa tarde chuvosa, o destino uniu essas duas almas.


Felipe encomendou um sanduíche no app — mas não qualquer sanduíche. Um combo místico de picanha com molho extra, exatamente o tipo de entrega que só os motoboys veteranos pegavam.


Do portão de seu prédio, viu a aproximação: o ronco da moto, o brilho do capacete espelhado, e, descendo da moto, o homem.


Rodriguinho tirou a mochila, checou o nome:


— Felipe G.?


— Sou eu. Pode deixar aí no chão, por favor…


— No chão? Tá chovendo, parça.


— Confia. É importante.


Rodriguinho, confuso, colocou o pacote no chão. Felipe então se abaixou como quem ia pegar, mas deixou propositalmente a mão ali, ao lado da sacola. E quando Rodriguinho deu um passo pra trás, distraído…


PAF.


A sola do coturno esmagou sua mão com a força de mil escapadas de radar.


— AI! — gritou Felipe, com um sorriso de êxtase.


Rodriguinho pulou pra trás.


— Cê tá maluco, irmão?!


Felipe, suando de emoção:


— Foi lindo… Foi… perfeito. Agora eu entendo o caos da cidade. Sinto que posso atravessar uma marginal com os olhos fechados.


Rodriguinho deu dois passos lentos pra trás, sem saber se era pegadinha ou se o cara precisava de ajuda psiquiátrica.


— Cê é doido, mas estiloso. — disse ele, subindo na moto. — Valeu pela vibe, mano.


E sumiu entre os carros, como um fantasma sobre rodas.


Desde então, Felipe passou a andar de coturno. Não porque era estiloso. Mas porque queria, um dia, pisar em alguém que também estivesse pronto para entender a sabedoria do asfalto.


domingo, 13 de abril de 2025

Conto IA - No Ritmo da Pisada

 “No Ritmo da Pisada”


Balada “Subsolo 13”, sexta-feira à noite. A fumaça de gelo seco invadia tudo, o grave das caixas fazia o peito vibrar e as luzes piscavam como se o mundo estivesse preso num loop de eletricidade e adrenalina. No comando das pick-ups, DJ Nebuloso, lenda das madrugadas, conhecido por nunca repetir um set e por seus tênis Vans de cano alto — pretos, reluzentes, míticos.


No meio da multidão, estava ele: Joca, um sujeito aparentemente normal, com cara de quem curte um som… mas que escondia um desejo peculiar.


— É hoje… — murmurava, segurando um energético barato e olhando fixamente pra cabine do DJ.


Ele não queria selfie, não queria autógrafo, nem uma música dedicada. Joca queria ser pisado. Por aquele DJ. Na pista. Durante o drop.


Enquanto a galera dançava, Joca tramava seu plano. Foi se infiltrando entre os dançarinos, se aproximando da cabine, e no momento exato em que Nebuloso levantou o braço pra soltar o drop da noite — um remix insano de techno com xote — Joca mergulhou no chão.


Com precisão ninja, enfiou a mão bem onde o DJ costumava dar aquele pulinho de empolgação. E então…


TCHÁÁÁÁ!

(drop caindo violentamente)

CRÁÁÁCK!


— AAAAAH, AÍ SIM!!! — gritou Joca, em êxtase.


O DJ nem percebeu. Continuava no ritmo, entregando batida atrás de batida. Mas Joca… Joca estava iluminado. A sola do Vans ainda vibrava na memória da sua pele.


— Foi leve, mas cheia de groove… — sussurrou, com lágrimas de emoção.


Seguranças o arrastaram pra fora da pista, achando que ele tinha passado mal.


Lá fora, sentado na calçada, segurando o punho com reverência, Joca olhou pro céu estrelado.


— Consegui. Fui ungido. O drop desceu, e com ele… a bota urbana do som.


Desde aquela noite, Joca virou lenda urbana entre os clubbers. Dizem que ele frequenta festas underground com luvas acolchoadas, pronto pra outra “benção de sola”. E toda vez que um DJ calça um Vans de cano alto, ele aparece no canto da pista, sorrindo misteriosamente.


sábado, 12 de abril de 2025

Conto do Chat GPT- “O Peso da Bota —Revelações”

 Olha o que o chat GPT é capaz de fazer ! Achei o conto bem legal! 




 “O Peso da Bota —Revelações”


Era mais um dia abafado na fazenda Santa Felicidade. O chão estalava seco e o cheiro de mato queimado rondava o ar. Os peões, de chapéu na cabeça e suor na testa, se reuniam perto do curral como de costume. Entre eles, Zé Pequeno — o mais novo da turma, o mais curioso, e talvez… o mais esquisito.


Tonhão, como sempre, chegou fazendo barulho. Suas botas de cowboy batiam no chão como tambores de guerra. Ele caminhava com aquele jeito de quem nasceu pra ser protagonista de filme de faroeste.


Zé estava agachado, amarrando a perneira com calma, quando o destino decidiu se manifestar.


CRUNCH!


— AAAAAAAAAAI! — gritou Zé, a mão prensada sob a bota de couro com bico fino, cravejada de poeira e respeito.


Tonhão virou pra trás, arregalando os olhos:


— Mas o que foi isso? Pisei num tatu?


Ao ver Zé contorcendo o rosto, pensou ter cometido uma tragédia.


— Vixi, me desculpa, Zé! Não vi que cê tava aí!


Zé, respirando fundo, olhou pra ele com os olhos semicerrados… e um sorriso estranho nos lábios.


— Tá tudo bem, Tonhão… na verdade… foi até… bom.


Silêncio.


Os peões congelaram. Um boi mugiu ao longe, talvez em solidariedade. Tonhão franziu a testa, confuso.


— Bom… como assim bom, Zé?


Zé se levantou devagar, sacudindo a mão machucada como se fosse um troféu.


— Essa bota… ela é especial, Tonhão. Tem peso. Tem presença. Quando ela desceu na minha mão, foi como se eu tivesse sentido a força da terra, do couro, da tradição. Foi… uma conexão com a essência do peão!


Os outros peões se entreolharam, tentando conter o riso. Tonhão coçou a cabeça, completamente sem reação.


— Mas rapaz… cê tá me dizendo que… gostou da bota na sua mão?


Zé assentiu com convicção:


— Nunca fui tão respeitado na vida.


Tonhão, sem saber o que dizer, apenas devolveu o chapéu pra cabeça e disse:


— Tá bom então… mas avisa antes da próxima, que eu calibro a pisada.


Nos dias seguintes, Zé passou a seguir Tonhão como uma sombra. Sempre parando estrategicamente perto do pé do homem, com desculpas como “ih, caiu minha moeda”, ou “deixa eu ver essa minhoca aqui”.


Os peões deram a ele um novo apelido: Zé da Bota.


E até hoje, quando alguém escuta uma risada alta vindo do curral e vê um peão com a mão enfaixada e um sorrisão no rosto, já sabe: Zé conseguiu mais uma bênção do seu ídolo.